Movimentos de Capoeira

Regras Gerais

  1. Na Capoeira quem está a jogar connosco é um amigo, e ambos devemos fazer com que o jogo se desenrole sem violência. Portanto nada de "narizes esmurrados".  

  2. Nunca nos devemos esquecer de que a Capoeira é um jogo a dois, se um ataca, o outro esquiva e contra-ataca, mas sempre ao ritmo do berimbau. Contudo, devemos ser criativos e evitar que o nosso companheiro adivinhe facilmente qual é o movimento que vamos fazer. 

  3. Na Capoeira não há agarramentos. Quando é preciso esquivamo-nos e, se o ritmo do jogo "aquece", é prudente manter uma alguma distância do companheiro (pelo menos quando jogamos Capoeira Regional).

 

Movimentos

Esquiva e defesa

Ataque 

Floreio


Cocorinha

Cruz

Ginga
Queda de três
Queda de quatro

Queda de rins
Negativa

Negativa de angola

Rolê
S-dobrado

Armada

Benção

Cabeçada

Chapa de costas

Escorão (Chapa)

Martelo

Meia lua de compasso

Meia lua de frente
Ponteira
Queixada
Rasteira

Aú de Costas

Aú malandro

Flick-flack

Folha seca

Macaco

Pino ou Bananeira
Pião de cabeça
Saca rolhas



     




Ginga 

É o movimento mais elementar da Capoeira.                  

Em vez de estar numa posição fixa, o jogador deve manter-se em movimento durante todo o tempo de jogo; todos os outros movimentos derivam deste padrão de movimento que quase parece uma dança. 

A Ginga torna-se rapidamente um movimento automático e proporcionando a base para uma grande variedade de movimentos imprevisíveis em todas as direcções e para a simulação de ataques.

Coloca o pé esquerdo atrás do pé direito, de modo a que a perna de trás fique esticada e a perna da frente da frente dobrada formando um ângulo recto entre a coxa e a parte inferior da perna ( 1 direita atrás da base)... move o pé direito para uma posição paralela ao pé esquerdo, mas bem afastada ( 2 paralela)... move o pé esquerdo para trás do pé direito de modo a que a perna de trás fique esticada e a perna da frente da frente dobrada formando um ângulo recto entre a coxa e a parte inferior da perna ( 3 esquerda atrás da base)... move o pé esquerdo para uma posição paralela ao pé esquerdo, mas bem afastada ( 2 paralela)... e assim por diante.

Durante todo o gingado nunca te podes esquecer de proteger a cabeça e a cara com o antebraço/mão do mesmo lado da perna que está esticada para trás, esticando o outro braço para trás de modo a facilitar o equilíbrio.

"a ginga consiste no movimento ritmado de todo o corpo, acompanhando o toque do berimbau, com a finalidade principal de manter o corpo relaxado e o centro de gravidade do corpo em permanente deslocamento, pronto para esquiva, ataque, contra-ataque ou fuga. Durante o gingado, o praticante deve manter-se em movimento permanente, simulando tentativas de ataque e contra-ataque, sempre atento às intenções do parceiro, em contínua postura mental de esquiva e proteção dos alvos potenciais de ataques."

Mestre Decânio

 

 



Pino ou bananeira  

Praticar, praticar,  praticar! Este movimento tem muito estilo e faz parte de muitos movimentos defensivos e ofensivos. 

Se nunca tentaste fazer um pino ou bananeira, começa por lançar as pernas para o alto junto a uma parede. Não olhe para as mãos, em vez disso mantém sempre os olhos postos na parede para onde está virada a tua barriga, mantendo a cabeça numa posição neutra. Quando conseguires sentir os braços a roçar as orelhas as orelhas está na posição correcta. 

Assim que sentires que é capaz, tenta fazer o Pino sem a ajuda da parede. Se estiveres quase a tombar para a frente, levante uma  mão e procura ficar em equilíbrio de novo. 

Eventualmente, esta manobra pode não funcionar; então tenta rolar para a frente - ou melhor ainda - levanta uma mão, usa a outra mão como eixo e desce os pés suavemente na direcção oposta. (exemplo: levanta a mão esquerda, gira meia volta no sentido dos ponteiros do relógio, volta a por a mão esquerda no chão, baixa uma perna, toca o chão, baixa a outra perna e levante-te, sempre a sorrir. 





Queda de Rins

Começa como se quisesses fazer um pino de cabeça: agachado.  Vira ambos os joelhos de modo a ficarem a apontar para o lado do teu cotovelo direito. Passa o teu peso para a mão esquerda , de seguida baixa a cabeça. 

Coloca a área do tronco acima da tua anca esquerda sobre o cotovelo esquerdo e deixa que o lado esquerdo da tua cabeça toque o chão. 

Levanta as pernas lentamente e põe o cotovelo direito no joelho esquerdo para descansar. Neste momento ambas as pernas estarão no ar.

shifting sideways into Queda de Rins and going down to the other side A imagem à direita dá um exemplo de como se pode dar bom uso à Queda de Rins na Capoeira. Na imagem começa-se pela Queda de Três mas pode-se passar igualmente à Queda de Rins a partir de Negativa, saltando etc.. 

Tomba para um lado mas mantendo o corpo levantado do chão  apoiando o flanco no cotovelo do braço de suporte.

Ao princípio parece complicado porque tem de se torcer um pouco o braço, mas depois habituas-te a isso. Agora baixa o corpo um pouco mais, estica a mão livre sobre a cabeça e apoia-a no chão também. 

A seguir, deixa que a cabeça toque no chão; colocando-a no alinhamento das mãos (normalmente não é necessário que tudo fique bem alinhado, mas, neste truque, facilita imenso o voltar a posição de pé). 

Neste ponto, o peso do corpo apoia-se principalmente no braço . É tempo de te ergueres : Levanta uma perna (no diagrama: a perna direita ) e move-a num arco bem  alinhado sobre o  tronco. Seguir-se-á a outra perna mas, para já, concentra-te nesta. Faz com que esta perna, depois de passar à vertical da cabeça continue até assentar o pé no chão, na continuação do alinhamento das mãos. Estica o braço que está flectido (na imagem: o esquerdo) impulsionando-te deste modo para cima (6ª imagem). 

Isto exigem algum esforço muscular - mais tarde quando já tiveres apanhado o jeito e realizares o movimento com ritmo ser-te-á muito mais fácil de executar. Assim que a cabeça descolar do chão empurra com os dois braços e põe-te de pé.





Au; the cartwheel and some variations Aú, Estrela ou Roda. 

É um movimento imensamente importante na Capoeira. Usada tanto para uma retirada rápida ou para fazer cair o nosso parceiro numa armadilha.

Assumo que toda a gente sabe fazer isto. Porém, na Capoeira lembra-te sempre de manter o contacto visual com o seu parceiro; nunca olhes para as mãos. 

Ao princípio, não permanecerás muito tempo apoiado nas duas mãos; tenta ter apenas uma mão de cada vez no chão. 

Mais tarde podes retardar o movimento ou até mesmo congelá-lo na posição de pino. 

Está sempre preparado para ser derrubado por uma  Cabeçada ou por uma  Benção.

Não é tão elegante mas é muito mais seguro. Coloca as mãos mais afastadas, move a cabeça mais junto ao chão, conserva os joelhos dobrados e trabalha fortemente com as ancas para mudar o centro de gravidade do teu corpo sobre a tua cabeça. 

Começa um Aú para o lado esquerdo até atingires a posição de pino. Aí levanta a mão esquerda e gira apoiado na mão direita, no sentido do s ponteiros do relógio. Depois de teres girado 3 quartos de volta, baixa as pernas como se mostra no diagrama. Isto é um movimento de floreio que te deixará desprotegido durante breves momentos, por isso tenta fazê-lo com rapidez uma vez que deve levar mais tempo a executar do que um vulgar Aú. 

Faz um Aú. Quando estiveres a passar pela posição de pino, cai para Queda de Rins e rola, acabando na posição de Negativa.




Au Malandro; sequence of movements  

Aú Malandro

Deste é que eu gosto mesmo. Se estiveres a iniciar um Aú e o teu parceiro agressivo atacar com uma Cabeçada dirigida ao teu estômago, - PAFF- será punido pelas tuas pernas velozes como um raio. 

Para começar, coloca uma mão no chão e salta, torcendo o peito ligeiramente para cima e faz um movimento de canivete com a perna de cima. No início, é mais fácil conservares a outra perna dobrada mas, mais tarde, poderás tentar mantê-la direita. 

Por enquanto, cai para a frente ou para o lado. Experimente pontapear acima da cabeça e para a frente, tenta diversos graus de afastamento entres as  pernas (pontapear com as duas pernas, fazendo espargata  etc). Se nada disto constituir um problema para ti, continua o movimento para pino, faça um Aú malandro na direcção oposta e, então, volta á posição de pé. Ora aí está!, um Aú à Capoeira.

Au Malandro; trick for trainingEste é, de facto, um movimento complicado. Para efeitos de treino sugiro que arranjes um parceiro que te dê apoio... de frente para o teu amigo; devem agarrar mutuamente os pulos (vê a imagem: braço direito com braço direito). Agora começa como se fosses fazer um Aú  normal.

Logo que estejas no ar, torçe um pouco o tronco para cima... dobra a primeira perna na direcção da cara e, para já, não te preocupes com a outra perna. 

Se mantiveres uma pega bem forte no antebraço do teu amigo (e vice versa), podes treinar este movimento com grande eficiência. Recomendo vivamente (tal como para qualquer outro movimento) que o pratiques em ambas as direcções .





Cocorinha 

É um  meio de evitar pontapés circulares a curta distância. Agacha-te debaixo do golpe e levanta o braço do lado de onde veio o pontapé, de modo a proteger a cabeça. A outra mão toca o chão e ajuda o equilíbrio. Tem a certeza de que as solas dos pés assentam por inteiro no chão; de outra forma podes ser facilmente derrubado. Conserva sempre o contacto visual com o outro jogador.

 





crouching man, turned away a little Queda de Três

Enquanto a Cocorinha é mais empregue na Regional, os "Angoleiros" preferem a queda de três. Agacha-te nos dedos dos pés e põe uma mão diagonalmente por de trás para manter o equilíbrio.

Ao contrário da Cocorinha, a  Queda de Três requer que afastes, um pouco, o tronco do adversário (o esboço à direita mostra o movimento visto de frente). A mão livre protege a cabeça dos pontapés vindo do lado, mais prováveis de ocorrerem na Capoeira Angola do que na Capoeira Regional. 

Podes transferir o peso para cima da mão de apoio e inclinares-te afastando-te do outro Jogador  se ele chegar demasiado perto; ou podes passar a Queda de Rins, Tesoura Angola, Negativa, Rolê de modo a que o jogo se desenvolva com fluidez.




Man with back to floor and feet and hands on the groundQueda de Quatro

A queda de Quatro é um movimento típico da Capoeira Angola para defender pontapés circulares. Imaginemos que o teu parceiro lança um Rabo de Arraia e que tu decides evadir-te com uma Queda de Três (descrita em cima). 

Tu estás a acompanhar o movimento do pontapé quando o teu companheiro muda subitamente de perna e desenrola um  Rabo de Arraia na direcção oposta, visando directamente a tua cara.. Para efectuar a Queda de Quatro tens de deslizar com as mãos, graciosamente, para trás (a partir da Queda de Três) e afastar-te caminhando com as mão até que as pernas fiquem esticadas. A partir desta posição podes fazer um Rolê, cruzar as pernas esticadas e atacar com um Rabo de Arraia, moveres-te de novo para a frente e pores-te de pé, etc., mas tendo sempre o cuidado de não tocar no chão com o rabo.





Negativa Position; crouching, one leg stretched out Negativa

É um movimento muito importante porque há uma vasta série de movimentos que se podem desenvolver na sua sequência... fazer Rolê, uma sequência de Aú / Pino de cabeça / Pino, fazer um Macaco, atacar com um um S-Dobrado, Martelo ou Meia Lua de Compasso, mudar a orientação, recuar, aproximar-se,... 

Basicamente é uma maneira de evitar pontapés (ver Cocorinha) mas pode ser feita por si mesma. Pode-se cair na  Negativa a partir da Ginga, de um Aú, de uma Queda de Rins, o que quer que seja, mas fá-lo sempre de uma maneira fluida. 

Estás com uma perna dobrada e o teu peso deve estar distribuído pelas duas pernas. A outra perna está esticada (ou apenas ligeiramente dobrada), com os dedos dos pés a apontar parta o lado. Isto por razões de segurança, porque se alguém pontapear ou cair no sobre o teu joelho estando o pé a apontar para cima pode provocar uma fractura muito grave da perna. 

Obtém o melhor equilíbrio tocando o solo com uma mão do lado da tua perna esticada. A outra perna pode proteger a cabeça se for necessário.


Negativa Angola

A Negativa Angola evidencia todas as marcas da clássica Angola: está-se dobrado mesmo muito em baixo, ambos os pés e ambas as mãos tocam o chão enquanto tudo o resto flutua ligeiramente acima do chão. 

Vindo da Ginga passa a paralela e baixa-te, de um modo semelhante ao da Cocorinha (os pés ficam um bocadinho mais afastados). Agora 'desliza' para o lado para onde o pontapé vai. 

Um pouco antes de a cabeça tocar no solo tens de suster o movimento e ficar nesta posição. Uma das mãos dá suporte em frente ao peito, e a outra mão por detrás da linha das costas. Faz lembrar uma flexão de braços com o tronco torcido para um dos lados. A perna do lado de cima fica esticada, a outra perna dobrada. Tenta tocar no chão com ambas as mãos e ambos os pés mas mantendo-te o mais baixo possível. Para retornar à Ginga, é fazeres tudo na direcção oposta.

 

 



Rolling from Negativa into Ginga pos. Rolê

Este movimento de rolamento é - de par com a Ginga e o Aú- um dos processos básicos de nos movimentarmos na Roda. O diagrama à direita mostra o Rolê feito a partir de  Negativa passando à Ginga. 

Começa pela Negativa. Inclina-te para o lado em vais fazer o Rolê (na imagem a esquerda, é sempre a perna esticada) e transfere o teu peso um pouco para frentes. Impulsiona-te esticando a perna que está dobrada enquanto giras apoiado no pé esquerdo até que o peito esteja virado para o chão. A mão de suporte é sempre a mesma. 

Agora coloca a outra mão no chão (direita) e lança a perna direita de roda; olha através da pernas de modo a manteres o teu parceiro no campo de visão. Finalmente levanta a tua perna esquerda e lança-a de roda também; gira meia volta e coloca-a atrás de ti apoiando o pé no chão. É melhor conservares o tronco baixo até concluíres o Rolê, de outro modo podes ser colhido por uma Armada. 

Mantém os olhos sempre fixos no teu parceiro durante todo o movimento; enquanto o tronco estiver virado para baixo a cabeça está pendida para baixo.

Role combined with Martelo kickAqui temos o Rolê combinado com o Martelo. Fácil e útil.

 Basta  levantares-te da Negativa mas conservando a mão no chão. Isto cria tensão na anca do lado da perna de trás. se neste momento se levantares a perna de trás, ela deve "voar" pelo ar; bate com o peito do pé e coloca-a no chão depois de ter girado 180 graus (meia volta). 

Continua o movimento de Rolê, como já explicámos acima.
Por outras palavras: faz o Rolê mas levanta a perna um pouquinho mais alto conservando-a direita enquanto giras.


Se fizeres o mesmo movimento mas com um salto teremos algo com um  S-Dobrado. 

Role combined with Meia Lua de Compasso Este é basicamente um Rolê normal mas com uma Meia Lua de Compasso incluída.  É mais fácil de fazer se estiveres um pouco mais afastado do teu parceiro, de modo a que possas rolar na sua direcção em vez de escapares dele. Basta pensar num Rolê em que tu atacas com  o calcanhar da perna que estava esticada na Negativa. Mais À frente encontras a descrição para a execução correcta da   Meia Lua de Compasso.



mule kick to the back, two hands and one foot on the ground Chapa de Costas

É um movimento típico da Capoeira Angola. Fá-lo a partir do Rolê, da Queda de Rins, do Rabo de Arraia etc. Apontando às virilhas ou à cabeça. Se o parceiro estiver afastado, não te limite a esticar a perna trabalha também com os braços e a perna de apoio para alcançar mais longe



Negativa; 
Man pulling one's leg away Descida básica para negativa

Utilizando a Negativa tanto podes esquivar-te aos pontapés do teu parceiro como "mandá-lo ao tapete". 

Dobra simplesmente um joelho e mergulha na direcção para onde vai o pontapé. 

Assegura-te de que o teu tronco fica mesmo em baixo; O teu joelho dobrado deve ser a parte mais elevada do teu corpo. Desliza a outra perna para trás da perna de suporte do teu oponente e engancha o pé no calcanhar dele. Assim que o pontapé tiver passado, transfere o teu peso sobre as tuas mãos e salta para a posição de agachado, mantendo as mãos no chão. 

Se tiveres feito tudo bem, puxaste a perna de apoio do teu parceiro e este, caiu.




Man performing a half-circle with his leg Meia Lua de Frente

Vindo da Ginga levanta a perna de trás num movimento em meio círculo.

 Para manter o equilíbrio movimente os braços na direcção oposta de modo a não te desequilibrares.

 Quando já não puderes mover mais a tua perna sem voltar costas ao seu parceiro, dobra a perna com que está a pontapear e recua-a para a posição de Ginga (paralela ou de pé atrás da base). Durante a Meia Lua de Frente, os braços devem sempre contrabalançar o movimento das pernas. 



 

Man doing a one-handed backflip Macaco

Agachado com as solas dos pés completamente apoiadas no solo, coloca a mão direita em apoio no solo imediatamente a trás de ti. Agora estica o braço esquerdo para a frente; 

Concentra-te em toda a sequência e diz "um!" - Lança o braço esquerdo por sobre a cabeça, segue a mão esquerda com os olhos, estica os joelhos, então regressa à posição inicial dizendo "dois!" - repete o primeiro passo mas com mais energia; estica-te para a posição de ponte como mostra a segunda figura; mas não saltes ainda. 

Quando disseres  "três!" tens de explodir: lança a mão esquerda decididamente sobre a cabeça, lança a cabeça para trás e salta com ambas as pernas. 

Se tudo correr bem, aterrarás na posição de Pino, o que te deixa a possibilidade de desencadear 1000 movimentos possíveis como aqueles que já descrevemos a cima; mas, em primeira lugar, desce baixando simplesmente uma perna de cada vez. Para este exercício necessita de bons alongamentos do ombro e da coluna. 

Quando estiveres a praticar podes ser ajudado por duas pessoas que te apoiem colocando as mão debaixo das ancas e das costas; estas devem ser capazes de te erguer e ajudar a descrever a trajectória sem qualquer risco de lesão.





Man doing a weird whirling kick S-Dobrado

S-Dobrado é um termo genérico; Esta técnica consente dezenas de variantes. 

Para efectuares este pontapé a partir da Ginga basta apoiares-te no chão com a mão esquerda; dobrar a perna esquerda e puxar a outra perna num movimento circular pela frente (em alternativa ao S-Dobrado podes optar, neste momento, por uma Rasteira). 

Então passa o apoio para a mão direita e arrasta a anca direita para cima num movimento continuo e fluído (esboço3). 

Nesta fase podes decidir continuar o S-Dobrado ou executar um Macaco. Para continuares o S-Dobrado conserva as ancas completamente abertas, nunca dobres as ancas! Puxa a anca direita para cima, deixa-a flutuar e por fim poisa o pé direito suavemente à tua frente. 

O pontapé em si mesmo é efectuado com a perna esquerda que é arrastada no plano mais afastado do  corpo. Lembre-te de bater com o peito do pé. Se for bem feito, a perna de ataque voará e tu poderás girar um pouco mais para poder ficar, de novo, virado par ao teu parceiro. Toda a sequência consiste num único movimento fluído; até mesmo ao final, a perna direita nunca toca o solo. Conserva o movimento circular, evitando quaisquer ressaltos.

 


 

Man doing a thrust kick Benção

É um pontapé frontal que mesmo assim requer alguma perícia. Levanta um joelho e  arqueia o tronco como se fosses agarrar o teu parceiro. Então estica lentamente a perna e empurra o teu oponente virtual para trás. 

Tem de trabalhar com bastante força nas ancas. Bater com a sola do pé. Não sacudas o pé; não dês pontapés como se fosse futebol. A perna de ataque não parte directamente do chão, isso tornaria  a tua intenção evidente desde logo e deixar-te-ia exposto a contra-ataques. 

Quando ergueres o joelho, o teu parceiro não sabe se o que se vai seguir é uma Benção, um Martelo ou qualquer outro pontapé semelhante . Insisto: o objectivo é empurrar o teu parceiro para mais longe e não de o magoá-lo; pontapeia de vagar mas com firmeza.

 




Man throwing his leg forward, striking with the foot ball Ponteira

É parecida com a Benção mas é um movimento completamente diferente. 

Enquanto a Benção é um movimento muito comum tanto na Capoeira Angola como na Capoeira Regional, a Ponteira assenta melhor no estilo Regional porque é bastante mais rápida e imprevisível. 

Imagina que estás a usar sandálias e te queres ver livre delas; então atira o pé violentamente para a frente num movimento de sacudir de modo a alcançares o mais longe possível  (3ª figura), (muito diferente do que acontece com a Benção, em que levantas primeiro o joelho bem alto e depois é que empurras a perna na direcção do oponente sendo a trajectória do pé é paralela ao chão). 

Na ponteira, o pé voa descrevendo um arco do chão até ao estômago/peito do parceiro, contudo não se conserva a perna esticada durante todo o movimento de pontapé. Levanta o joelho enquanto vai esticando progressivamente a perna de modo a que atinja a máxima extensão no momento do impacto. Bate-se com a base dos dedos, para evitar partir os dedos dos pés. 

A Ponteira não exige esforço muscular, é mais fácil de executar  com bastante balanço e a ponteira bate instantaneamente. Não a utilizes demasiado a menos que queiras tornar o Jogo mais competitivo e agressivo. 

Tenta dar sequência à Ponteira com um Martelo ou uma Chapa Giratória sem voltares a por a perna que chuta no chão; Resulta muito bem se pretenderes surpreender o teu oponente e apanhá-lo com a guarda aberta.





Man performing a crescent kick Meia Lua de Compasso (Rabo de Arraia)

É um movimento fundamental. 

Durante a Ginga quando estiveres com um pé atrás da base, mantém os pés onde estão transferindo o apoio para a perna da frente (esticando a perna de trás). 

Inclina o tronco para dentro e para baixo. toca em baixo com as mãos até que não consigas torcer mais as ancas; deixa pender a cabeça de forma a que nunca percas o contacto visual com o teu parceiro. Neste momento deve ter-se gerado uma enorme energia em consequência da tensão que foi criada ao nível da anca. Liberta esta potência levantando a perna de trás; que deverá voar, de roda, num pontapé meio circular, sem qualquer esforço muscular. 

Bate sempre com o calcanhar! Assim que a perna que pontapeia estiver alinhada paralelamente com o tronco, conclui o movimento rodando todo o tronco até ficares de novo de frente para o teu parceiro. Cuidado para não seres atingido devido a teres levantado a cabeça cedo de mais - as Meias Luas de Compasso  são frequentemente respondidas com outras Meias Luas.

Este movimento embora seja dos mais comuns, é porém um dos mais difíceis. Contudo com treino constante serás capaz  de despachar Meias Luas de Compasso a uma só mão em fracções de segundo. 

 




one more kick Queixada

Este pontapé é um grande golpe de preparação para combinações de diversos pontapés; As sequências mais comuns são a Queixada, a Armada ou os Martelos pulados. 

O movimento pode sair ligeiramente desastrado quando se usa apenas a força, por isso tenta relaxar e executa-o com fluidez .


Procede como se mostra no diagrama à direita. A partir da  Ginga, torce o tronco  ligeiramente para dentro para gerar alguma força centrífuga para o pontapé . 

Não deixes pender os braços; mantém-os preparados para a defesa solta da tua cabeça e utiliza-os para reforçar o balanço. 

Agora roda com força o tronco na direcção oposta. Enquanto isto cruza a perna de trás por de trás da perna da frente. Levanta a perna da frente (inicial); esta deve voar descrevendo um arco sem qualquer esforço muscular se tiveres produziu suficiente potência de rotação com o movimento do tronco. A tua posição final será espelhada em relação à posição de que partiste ( se partiste com o pé direito atrás da base, terminas com o pé esquerdo atrás da base ), portanto poderás fazer outra Queixa na direcção oposta à que acabaste de efectuar.





roundhouse kick Armada

É o pontapé giratório padrão na Capoeira. 

É um cruzamento entre a  Meia Lua de Compasso (rotação) e a Queixada (pontapé à zona). 

Como de costume, começa a partir da Ginga. 

Gira para dentro sobre os calcanhares (ou sobre a base dos dedos dos pés); roda 270 graus sobre a perna traseira e 180 graus sobre a perna que agora está à frente. Agora torce com rapidez o tronco até que vejas de novo o teu parceiro. 

Nesta fase perdes o contacto visual com o teu parceiro, portanto faz esta parte do movimento com rapidez. Quando já não conseguires torcer mais o tronco, liberta a tensão disparando velozmente a perna de trás que deverá ser arrastada a grande velocidade ao mesmo tempo que o teu tronco se distorce. 

Este pontapé é  realizado com a ponta do pé que chuta bem virada para cima (Tal como na Meia Lua de Frente ou na Queixada). Leva o pé à posição de repouso, a mesma com que iniciaste o movimento. Podes agora continuar com mais Armadas ou Queixadas na direcção oposta, Meias Luas de Compasso etc.





side kick Martelo

É um pontapé muito comum na Capoeira Regional. Requer uma boa abertura de pernas e um bom sentido de equilíbrio. Parece muito simples mas exige treino constante.


Ergue o joelho como já vimos para o movimento Benção. Gira 90-180 graus sobre a base dos dedos dos pés, mantendo o joelho da perna que vai chutar mais ou menos na mesma posição que tinha. Lembra-te de girar também a ancas. Percebes agora por se necessita de abertura de pernas? Inclina-te um pouco para manter o equilíbrio. 

Se tudo tiver sido bem feito, as tuas ancas devem agora estar alinhadas paralelamente com a perna que vai chutar. A coxa da perna que ataca deve estar a apontar directamente para o alvo que quer atingir,  (a zona do ombro / cabeça). 

Contrariamente aos outros pontapés já mencionados, agora tens de pontapear com rapidez utilizando apenas a parte inferior da perna e bate com o peito do pé. 

Para evitar um movimento giratório que te afaste do teu oponente move os braços no sentido oposto  - compara apenas o diagrama 2 com o 3 (protege também a cabeça ). Acabou? A perna volta para baixo, para a posição de partida.


O Martelo é muito Regional, muito  competitivo, rápido, brutal e inestético. Contudo é uma boa maneira de interromper um oponente que esteja encalhado numa sequência interminável de pontapés circulares: assim que um pontapé mal acabou de passar, solta rapidamente um martelo. Ou fá-lo do lado em que o teu parceiro vai continuar com a Ginga. O melhor que ele tem a fazer é esquivar-se com um Rolê...





sideway thrust kick Escorão ou Chapa

O Escorão ou Chapa  é um pontapé que, de certa forma, é parecido com a Bênção e o Martelo; 

Tem de se bater com a sola do pé, mas o corpo toma uma posição lateral. No Escorão (visto de frente), primeiro coloca-se o pé de trás na paralela. Então gira-se o tronco um pouco para a direita, arrastando a perna esquerda, levantando-a um pouco e empurrando-a na direcção do peito do nosso parceiro (observe a figura). 

Podes fazer o Escorão a partir de trás , cruzando as pernas como na Queixada atirando depois o pontapé. Ou fazeres um Escorão, como se fosse uma Chapa giratória, em que tens de girar - semelhante à Armada - e então desferir o golpe a partir da rotação e a direito. 

 





Capoeira foot sweep Rasteira

É a maneira mais usual de atirar alguém ao chão. 

É aplicada contra todo o tipo de pontapés. É simples de executar mas muito difícil de aplicar no momento certo. 

Nota: não varras o pé do teu parceiro num movimento circular, isso só magoaria ambos. 

O movimento é estritamente um movimento de vai -vem.
Fá-lo da seguinte forma: Se estiver a chegar um pontapé, por exemplo, um pontapé circular vindo da esquerda, agacha-te para a direita. 

Move-te sempre na direcção em vai o pontapé. Desloca o teu peso sobre o pé direito enquanto tentas meter o pé direito por detrás da perna de suporte do atacante. 

O joelho direito deve apontar exactamente na direcção oposta do seu alvo (requer um bom alongamento). Ganha balanço pondo a mão direita no chão algures no alinhamento para onde irás puxar. Conserva a perna esquerda esticada e engancha o pé por detrás da perna de suporte do seu parceiro (quanto mais baixo enganchar melhor sairá o arrasto). 

Conserva o braço esquerdo sobre a cabeça. Assim que conseguires sentir o calcanhar do teu oponente no teu pé esquerdo, é tempo para puxar com força. 

A força não vem principalmente da perna esticada; pois, com excepção do pé que está em gancho, a perna está completamente relaxada. Estica o braço esquerdo para tão longe quanto possível e movimenta-o sobre a cabeça até que a mão esquerda toque o solo. Uma vez que estás esticado desde a mão esquerda até ao pé esquerdo, com este movimento, a perna esquerda é automaticamente arrastada . 

O teu parceiro deve começar neste momento a cair... então, conclui o movimento trazendo o pé esquerdo de volta e recuando com a perna direita.


A rasteira é muito dependente do tempo exacto. Faz o arrasto quando o teu parceiro estiver a lançar a perna para cima, esse é o momento certo porque é quando o seu peso está todo apoiado sobre sua a perna de suporte. Quando o pontapé já passou à vertical, é necessário fazer-se a puxada com muito mais força.





head butt; Regional and Angola style Cabeçada 

(Variante da Capoeira Regional)

Conserva as costas direitas. aponta à região do plexo solar do teu parceiro (entre o umbigo e o estômago), dobra os joelhos e inclina-te para a frente. Ganha impulso esticando a perna de trás e ataca a direito.

Conserva as mãos fechadas e soltas em frentes da cara; Devem propiciar protecção contra joelhadas de surpresa ou movimentos espasmódicos do seu parceiro.


(Variante Angola) 

Mantém-te todo em baixo. 

Aproxima-te do chão, aponta e lança-te na direcção do estômago do teu parceiro. Vais terminar com as mãos e os pés apoiados no chão, tudo o mais fica em suspensão. Os braços permanecem esticados, as pernas ligeiramente abertas.

A cabeçada é aplicada fundamentalmente contra Aús, pinos e Pinos de Cabeça, mas pode também ser  usada contra alguns pontapés (Meia Lua de Compasso, Rabo de Arraia). Os jogadores avançados também apontam à cabeça do oponente  (queixo e nariz). 

Claro que é perfeitamente possível derrubar alguém de um Pino com uma Benção; mas como o Pino é entendido como uma provocação, pontapear significa fugir ao desafio e optar pela via mais segura e mais fácil.





Man throwing Vingativa

É um movimento elegante; Se o conseguires efectuar, dar-te-à grande satisfação. Contudo, tens de ser mesmo rápido para conseguires o "timing" adequado. 

Quando o teu parceiro estiver a mover-se, tentando aterrar de uma Armada, digamos,  tens de colocar o teu pé direito mesmo ao lado do pé direito do teu parceiro. 

Apoiado firmemente na perna direita, coloca a outra perna por trás do teu oponente (ver esboço da esquerda). Entretanto usa o cotovelo para evitar que ele possa escapar para a frente. Agora transfere o apoio do peso do corpo da perna direita para  a perna esquerda e observa o teu parceiro a cair lentamente para trás. O empurrão em si mesmo funciona muito bem se for feito no momento exacto.




Man slipping under the opponent's kick and throwing him over Cruz

A Cruz é uma maneira elegante de desviar uma Bênção ou uma Ponteira derrubando o parceiro ao mesmo tempo. 

Em vez de empurrares para afastar a perna que pontapeia, dobras-te e metes-te por debaixo dela abrindo os braços de modo a reter a perna do teu parceiro nas costas para que  esta não possa resvalar para o lado. Agora ergue-te simplesmente e observa o teu parceiro a cair. 

Se fores apanhado com uma Cruz por alguém, não caias de costas como acontece com o Capoeirista da direita (no desenho), porque é um tombo muito duro. Tenta cair para o lado amortecendo a queda com as mãos num movimento semelhante ao Aú 

Cruz shown from above Esta é a  Cruz vista de cima. 

Para evitar ser-se atingido pela perna de suporte do teu oponente em queda é necessário inclinares a cabeça para a direita. 

Se estiveres para efectuar uma Cruz e a tua posição for aquela que vê na primeira imagem, terás de rolar a cabeça para o outro lado para que fiques como se vê na segunda figura, isto é com a cabeça do lado de fora . 

 





Floreios

free-handed backflip Flick-flack (salto de mãos à retaguarda)

É uma bela maneira de entrar na Roda, na sequência de um Aú ou Macaco ou mesmo só por si. Nota que isto transcende o básico da Capoeira, há um elevado risco de lesão se não tomares as devidas precauções . 

Pede a dois amigos que te ajudem e tenta fazê-lo num colchão macio, num ginásio.


De pé, conserva os braços esticados para a frente. Agora senta-te como se houvesse uma cadeira atrás de si. Muito importante: não desloques os joelhos para a frente, conserva as pernas exactamente na mesma posição, move apenas as coxas. 

O tronco inclina-se para trás mas as pernas (a parte inferior) permanecem perpendiculares ao chão. Ao mesmo tempo, balança os braços esticados para trás (ver diagrama). Certo de que tua postura consiste em dois ângulos de 90 graus (anca, joelhos), desencadeia os seguintes movimentos ao mesmo tempo:


1. Inverte o balanço dos braços, e lança-os para trás num círculo amplo sobre a cabeça. Faz isto com toda a energia, porque é a única maneira de que dispões para ganhar a rotação necessária. Lança os braços para trás tão longe quanto possível, conserva-os esticados custe o que custar, lança também a cabeça para trás (de qualquer modo vais precisar de ver onde vais aterrar).


2. Estica as pernas o mais rápido que conseguires. A principal força para o salto não provem dos pés mas sim das coxas, o brusco impulso deve propagar-se através das pernas até aos calcanhares.
Se fizeste tudo isto certo, o que se segue é bastante óbvio: vais aterrar com as mãos mas a força de translação empurra as pernas parta baixo (uma de cada vez ou ambas ao mesmo tempo). 

As sequências mais frequentes são mais Flick- Flacks ou Saltos Mortais.


Para efeitos de treino arranja um colchão de ginásio duro e outro macio. coloca-os de tal modo que possas saltar do colchão duro e aterrar no macio. Tem um amigo de cada lado prontos para ajudar dando-te apoio nas costas (suporte) e debaixo das coxas (rotação). 

Na primeira tentativa deixa que os teus amigos façam todo o trabalho; cai para trás e deixa-os carregar todo o peso do teu corpo. Eles devem poisar-te, suavemente, na posição de Pino. Em cada tentativa que se seguir tenta saltar um pouco mais, até já não precisares do apoio activo dos teus amigos. 

(Por favor faz isto com cuidado, não me quero sentir culpado por algum acidente que te aconteça. Obrigado).





Pião de Cabeça 

Tal como o Flick-Flack este movimento integra-se na "secção" dos floreios. 

Faz um pino de cabeça e atira uma perna para trás e a outro de roda num arco. 

Este é um método 'expedito' de fazer o pino de cabeça e que resulta muito bem.


 



  Au de Costa

A andar para a frente, inclina-te para trás, toca o chão com uma  mão, faz um Aú para trás, recua, dá um passo à frente, e começa tudo de novo. A segunda mão deve "viajar" de preferência atrás da cabeça e não à frente da cara. 

O que torna este movimento divertido de se observar é o facto de de não se mudar de posição com todo este movimento. Fazer o Aú para trás a partir de parado ou em andamento é bastante difícil; é melhor aprenderes primeiro a fazer um Macaco simples.






Pião em pino (saca-rolhas)

O Capoeirista avança com a perna esquerda, cruza com a mão esquerda para a sua perna de trás e inicia uma Meia Lua de Compasso. Em vez de concluir o pontapé levanta a perna que chuta e salta com a perna de suporte e começa a rodopiar.

Antes do braço direito ficar demasiado torcido muda para o braço direito e começa a rodopiar e desce com a perna direita (a que chutou). Agora pode despachar uma Benção se o oponente estiver próximo, mas o nosso amigo decide baixar também a segunda perna e puxa-a para a frente numa Negativa. 

Aí em baixo ele muda o apoio par o outro lado e muda a orientação das pernas  (esticada - dobrada) e lança agora a perna esticado num poderoso arco para o lado e para cima, para um  S-Dobrado / Macaco / Aú. 

A perna da frente voa para cima enquanto a perna de trás é retardada; contudo esta rapidamente apanha e ultrapassa a primeira pelo lado de trás (iniciando um Pino em rodopio). Esta rotação é aproximadamente a mesma  que se mostra no início da secção dos movimentos básicos a propósito do 'Au' (3º exemplo). Observe aí os detalhes. 

O Capoeirista acabou agora o Pião e desce de novo, torcendo um pouco o corpo para que possa ficar de frente para o seu parceiro outra vez. Só por razões de estilo gira sobre a perna direita e continua com um Aú para voltar ao ponto de partida. 

 

 

 

 

stretched backsault from running forward

Folha Seca

A Folha Seca é um salto à retaguarda feito enquanto nos movemos para a frente. 

É semelhante a um pontapé de bicicleta no futebol, excepto porque se cai de pé que . 

Lembra-te disto quando tentares o movimento; dá uma pequena corrida de chamada e dá um pontapé numa bola de futebol imaginária parada no chão. Dá o pontapé com grande energia e todo o balanço que conseguir, e deixa a perna parar continuar a sua trajectória. 

Ela deve seguir para cima e arrastar a outra perna atrás de si. Assim que a perna tiver passado o ponto mais alto  já deves ser capaz de ver o chão de novo; agora aterra simplesmente com a  tua perna directora. 

Eu recomendo que aprendas primeiro a fazer o mortal à retaguarda antes de tentar este salto, este movimento é bastante mais radical mas parece de cortar a respiração quando é bem feito. 

Treina-o na praia ou com colchões grossos num ginásio e arranja alguns amigos que te saimbam ajudar. Se alguma vez dominares a Folha Seca com facilidade poderás combiná-la com  um salto em parafuso, que é um dos movimentos mais radicais que já alguma vez vi.

Folha Seca done in a flat arc

A Folha Seca de lado, pode ser executada como um método de treino para o exercício antecedente. 

É basicamente o mesmo movimento mas o plano de rotação é muito mais horizontal e por isso menos arriscado e mais fácil de executar.

 



Adaptado da página de Marc Heitler 

( http://www.wu-wien.ac.at/usr/h96b/h9650297/cap-basics.html