Historial
Nossa
Senhora da Graça do Divor é uma freguesia do concelho de Évora
que ocupa uma área de 83,79 Km2, nas belas planícies
alentejanas. Esta extensa freguesia dista do concelho 12 Km e é
constituída por um núcleo mais antigo e um mais recente,
designado por Casas Novas. Tem como zonas limítrofes as
freguesias de Nossa Senhora da Guadalupe, Santo Antão, Bacelo e
Canaviais, e os concelhos de Montemor-o-Novo e Arraiolos. A sua
situação geográfica é caracterizada por ser plana, apesar de ter
algumas elevações muito pequenas. Designadas, também, por
“cabeços”, destacam-se as seguintes elevações: Milhanos,
Falcões, Oliveira, Godel e Serra Morena, sendo a maior com 409
metros.
Desde 1911, Graça do Divor teve anexadas as freguesias de S.
Sebastião da Giesteira, Nossa senhora da Boa Fé, São Brás do
Regedouro, S. Matias e Nossa Senhora da Tourega. Em 1926, todas
estas freguesias foram desmembradas de Nossa Senhora da Graça do
Divor, com excepção de S. Matias, que só em 1985 é que integrou
na freguesia de Nossa Senhora da Guadalupe.
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O
estudo da origem e do progresso de Graça do Divor, apontam-na
para uma das zonas mais remotamente habitadas do Alentejo. Como
tal, a História remete a sua existência humana para a época da
Pré-História, na era do Neólitico. Decorreram investigações, na
freguesia, em que se descobriram vestígios de actividade
neolítica pela presença de fragmentos em cerâmica e utensílios
de pedra lascada e polida. Não foram encontrados vestígios de
casas, pois o material deveria ser fraco. A fixação das
civilizações, neste território, deve-se às boas condições
territoriais, quer a nível da habitação, quer a nível do solo.
As terras arenosas permitiam que, durante as épocas chuvosas,
não houvesse alagamentos, e dos solos poderiam extrair, entre
outros produtos, a madeira e os frutos secos. O tipo de rocha
que por lá existia, facilmente extraída, permitia o fabrico de
utensílios muito utilizados no neolítico, como os machados e os
enxós. A caça era um meio de sobrevivência destes povos, e esta
zona oferecia-lhes boas condições para tal. Para além destes
factores, Graça do Divor possui abundância e qualidade de
recursos hídricos devido à confluência das bacias hidrográficas
dos rios Tejo, Sado e Guadiana. As épocas do Calcolítico e da
Idade do Bronze não foram tão sentidas, havendo poucos vestígios
em comparação com o Neolítico. Registam-se marcas dos povos
metalúrgicos, sendo as primeiras fortificações como instrumento
de apropriação estratégica do espaço. Sucede-se a Romanização da
freguesia que, tal como os anteriores povos, aproveita as
excelentes condições da terra, de acordo com os seus padrões de
exploração latifundiária. Edificam-se as “villae”, e, de todo o
concelho de Évora e talvez do país, torna-se a freguesia mais
romanizada. Salienta-se, também, a importância estratégica, pois
a nível administrativo, a freguesia encontrava-se perto de
Évora.
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Não existe uma data concreta da sua origem, mas Graça do Divor
já existia no século XVI. A origem do nome da freguesia deve-se
ao facto dos romanos chamarem a esta zona “campo divorum” ou
“Campos Elísios”, isto é, Lugar dos Deuses.
A quantidade e a qualidade dos cursos de água e nascentes de
Nossa Senhora da Graça do Divor são de extrema importância.
Marcam uma grande estratégica secular face aos abastecimento de
água, que existe até à actualidade. O Aqueduto da Água de Prata
foi construído, no século XVI, a mando de D. João III, para
abastecer e regular a água, evitando a seca. As ribeiras mais
importantes são: Divor, Depósito, Penedo, Capelos, Pouca-Lã,
Curral do Sabugo, Azinheira, Vale-de-Maria, Bico-do-Anel e
Casbarra.
Recentemente, o acontecimento mais marcante, nesta freguesia,
foi a Reforma Agrária, levando à ocupação e prosperidade das
terras, pelas cooperativas. Esta situação contribuiu para o
aumento da taxa de emprego.
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Heráldica
- O símbolos heráldicos para a
Freguesia de Nossa Senhora da Graça do Divor, tiveram parecer da
Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses
a 23 de Setembro de 1998. - Foram aprovados sob proposta da
Junta de Freguesia pela Assembleia de Freguesia em 13 de
Novembro de 1998. - Foram publicados no Diário da República
nº 289/98 de 16 de Dezembro de 1998 da III série. - Foram
registados na Direcção Geral das Autarquias Locais sobre o nº
02/99 de 6 de Janeiro de 1999.
Escudo azul, torre de prata com
uma janela manuelina, aberta e lavrada do campo; em chefe, flor
de lís de ouro; em campanha, um feixe de espigas de trigo e um
ramo de oliveira, tudo de ouro, com os pés passados em aspas e
atados de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel
branco, com a legenda a negro: «NOSSA SENHORA DA GRAÇA DO
DIVOR».
Memória descritiva e
justificativa dos símbolos heráldicos - Os ramos
representam a produção agrícola da Freguesia. - A torre com a
janela manuelina representa o Solar manuelino da Sempre Noiva,
por ser a peça arquitectónica mais notável da Freguesia. - A
flor-de-lis representa a Nossa Senhora da Graça, padroeira da
Freguesia
O orago desta freguesia,
como o próprio nome indica, é Nossa Senhora da Graça.
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BRASÃO

BANDEIRA

- Amarela.
- Cordão e borlas de ouro e azul.
- Haste e lança de ouro |