Orago: S. Manços
População: -/+ 1 300 habitantes
Actividades económicas:
Agricultura, pecuária, cooperativas de produção agrícola, de consumo e
serviços, indústria de carnes e enchidos, panificação, construção civil,
serralharia civil, carpintaria e comércio.
Feiras: anual - franca (4.º domingo de
Agosto)
Festas e romarias: S. Manços e N.º
Sr.ª da Ajuda (2.º fim-de-semana de setembro)
Património Cultural e edificado: Igreja
matriz, cruzeiro, anta e estatueta em bronze com cerca de 2 mil anos.
Outros locais de interesse turístico:
praça de touros e jardim.
Gastronomia: Sopa de tomate, gaspacho,
açorda alentejana, migas gatas, pé de porco de coentrada e ensopado de
borrego.
Colectividades: Associação Os amigos
de S. Manços, casa do Povo, grupo Desportivo de S. Manços, Grupo Musical
Alta Voltagem e grupo de Forcados Amadores de S. Manços.
Edifício da Sede da junta de Freguesia
Freguesia situada junto da margem
direita da ribeira de Azambuja, afluente do rio Degebe, S. Manços dista cerca
de 20 quilómetros da sede do conselho. S. Manços foi elevada à categoria de
vila em 29 de Dezembro de 1923.
Está esta freguesia ligada à tradição de S. Manços, considerado o primeiro
bispo de Évora. Este terá estado sepultado na sua igreja paroquial, de onde
os cristãos o levaram em 714, durante a invasão árabe, para Vila Nueva de
S. Mâncio, na diocese de Palência, onde existiam, já no fim do século VII,
duas igrejas a ele dedicadas. Por doação de D. Telo Peres em 9 de Julho de
1195 se fundo o mosteiro beneditino naquela terra espanhola.
Conforme a "História das Antiguidades de Évora", de André de
Resende, um Homem nobre deu sepultura ao nosso santo na herdade de S. Manços,
e crescendo a fama e os milagres, o conde D. Julião e D. Júlia, matrona
religiosa, a cujo domínio aquela herdade veio, lhe construíram uma famosa
basília "que agora é destruída e edificaram aquela torre que ainda
dura meio destruída já".
A referência mais antiga que se conhece da "entrega da herdade de
Somanços ao Cabido", é de 26 de Abril de 1278, documento que faz parte
do arquivo capitular. No códice 3 - II - fls. 3 do mesmo, feito em 1321, se
diz que "há o Cabiso hum herdamento em Somanços que ouve de
presoria".
A folhas 16,v, se encontra o testamento de Mem Soares cavaleiro e sua mulher
Sancha Gonçalves, ambos sepultados na Sé, junto da porta Gótica do
claustro, que no ano 1301 fizeram doação de herdamento que possuíam em S.
Manços, ao Cabido, devendo este manter duas capelas de missas por suas almas.
No "livro das Demarcações Antigas", feiro em 1424, ao descrever os
limites do dito herdamento já se refere a igreja: "... seguinte per elle
ao dito caminho que vai para a cidade voltando por elle ata ribeira sobredita
de san mãços ante a porta principal da egreja". Igual referência de
encontra noutro códice escrito em 26 de Maio de 1460: "as quais folhas
jazem em par com herdade do cabido de Sam manços contra vandaval e chegam a
ribeira que vai para a dita ermida de sam manços".
A actual igreja matriz, dos finais do século XVI, inícios do séc. XVII, foi
construída pelo mestre de pedraria eborense, Diogo Martins, no local de outro
mas antigo que a Sé fundara, no séc. XV. Em 1962 sofreu obras de
beneficiação interior que a alteraram, sobretudo na nave, perdendo alguns
elementos ornamentais sacros, tais como talha, azulejaria e escultura dos
séculos XVII e XVIII. As obras foram da iniciativa do pároco de então, o
Reverendo Henrique José Marques. Recentes escavações e o restauro da abside
puseram a descoberto elementos arquitectónicos romanos.
A observação atenta da capela-mor leva a considerá-la da época
visigótica. Vicente Lamperes inculca o plano da mesma tradição siríaca ou
bizantina. A igreja tem uma fachada de duas torres com alpendre de três arcos
de volta abatida. Os livros paroquiais mais antigos que existem datam do ano
de 1591. Esta freguesia tinha, em 1758, 170 fogos e já vem referida no
pergaminho 68 da Colegiada de S. Pedro.
Germinação entre S. Manços e a Villa Nueva de
San Macios na província de Lion, Norte de Espanha
Momento de celebração da geminação entre S.
Manços
e Villa Nueva de san Mancios. Celebrada pelo Presidente
da J.F. de S. Manços e o Alcaide de Villa Nueva de San Mancios