Causas


#08
 
(PUBLICADO NO DIÁRIO DO SUL)

Debate
IMOBILIÁRIO, DESCARACTERIZAÇÃO E CIDADANIA

Tal como na sessão anterior, depois das intervenções do Arq.º Jorge Pires e da Arq.ª Aurora Carapinha, abriu-se o debate a todos os interessados, entre a muita assistência presente. Sintetizamos o essencial das intervenções.

Foi assinalada o curto prazo para a realização dos projectos (dez anos), o que faz deste «um plano violento». O teor das intervenções propostas foi também considerado violento, dadas as alterações previstas para os edifícios, o perfil das ruas, a atracção do automóvel por meio de parques de estacionamento subterrâneo, com graves consequências na descaracterização do tecido urbano do Centro Histórico e da sua vivência. Foi defendido que as intervenções «têm que ser feitas com as pessoas» e não pelo cumprimento de projectos a elas estranhos.

O estudo foi acusado de constituir fundamentalmente um processo de promoção imobiliária e de não valorizar a importância da cultura na vivência da cidade. Houve também quem receasse que não haja suficiente discussão, ou que esta não seja tida na devida conta pelos decisores. Foi mesmo questionado se valeria a pena o esforço de cidadania que as muitas presenças ilustravam, acentuando-se a necessidade de um melhor esclarecimento dos propósitos globais e de muitos aspectos específicos do documento. Nem o modelo de cidade pretendido está satisfatoriamente exposto, apesar de dever constituir um elemento prévio ao estudo.
Foi também questionada a compatibilização do comércio tradicional com a criação de centros comerciais, como é o caso do previsto para junto das Portas de Avis.

O Rossio de S. Brás foi também referido, ao ser constatado que este estudo prevê uma área de construção muito superior à do projecto já aprovado, contrariando também o Plano de Urbanização vigente.



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