A Olaria M. Beijinho foi criada no início dos anos setenta por Manuel Conde Lopes (1930-1991), conhecido por Mestre Beijinho e pela sua mulher Leonilde Pinheiro (1935-1997).

Detentor de um grande conhecimento e experiência no domínio, dado que iniciara a sua actividade bastante novo (a partir dos 12 anos de idade), Manuel Conde Lopes foi o que se considera um Oleiro completo. Trabalhou em diversos tipos de peças desde as utilitárias às decorativas conhecendo como poucos todo o processo da olaria, desde a selecção das argilas até execução na roda de oleiro, secagens ou cozeduras em fornos de lenha.

O seu trabalho viria a ser reconhecido publicamente sendo por isso convidado a expor as suas peças em diversos locais.

Defensor de uma dinâmica criativa na metodologia artesanal, aliando, à tradição e ao respeito pelo processo manual de execução das peças, toda uma criatividade artística essencial à valorização do artesanato, Manuel Conde Lopes e a sua esposa criaram na Olaria alentejana a louça azul e branca que viria posteriormente a generalizar-se por todas as demais olarias constituindo-se hoje como ex-libris da Olaria de S. Pedro do Corval.

Da Obra de M. Beijinho, diria o Manuel Carvalho Moniz (estudioso e escritor de diversas obras algumas das quais sobre a olaria alentejana):

"Nas peças desta afamada olaria, sobretudo nos pratos, encontramos uma temática regional de figuras e flores; e um desenho bem traçado e firme; um colorido de tonalidades fortes, onde predominam o azul, o amarelo e o vermelho, que certamente, são reflexo da luz brilhante e clara do sol do verão alentejano."

Após a morte dos fundadores, a Olaria M. Beijinho, é neste momento, gerida pelo filho de ambos, mantendo todo um estilo de trabalho e uma técnica completamente artesanal, sem recurso a qualquer tipo de máquina. Aqui se continuam a produzir os mais diversos tipos de louça de que se destacam o azul e branco; azul e cores e as peças decoradas com motivos tradicionais.

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Last modified: Janeiro 10, 2001

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