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Pontos de
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MEGALITISMO |
O Concelho de Requengos de Monsaraz, geologicamente constituído por afloramentos graníticos e rochas metamórficas xistosas, oderece, perante esta abundância de materiais de construção, grande riqueza e variedade de monumentos megalíticos. É esta a razão pela qual, ainda hoje em dia, podemos apreciar no Concelho de Reguengos de Monsaraz cerca de 150 achados arqueológicos deixados pelos nossos antepassados.
Encontramos nesta região megálitos de todos os tipos didáticos: antas, menires (isolados ou em grupo) e cromeleques, podendo considerar-se alguns destes monumentos belos e interessantes excemplares da pré-história europeia, o que vem confirmar que esta parte de Portugal é habitada há mais de 5.000 anos. |
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Menir da Bolhoa |
Este
menir foi identificado em 1970, encontrando-se tombado e
fraturado. As suas dimensões são de 1.15x0.65 de
diâmetro e uma altura original de mais de 4m.
De forma a poder ser feita a resconstrução do monumento,
teve que ser construída uma base de granito para que se
mantivesse a altura original.
É Monumento Nacional desde 1970. |
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Menir do Outeiro (Penedo Comprido) |
Menir
fálico com uma altura total de 5,6m.Foi reerguido na sua
localização original em 1969, a meio caminho entre as
povoações do Outeiro e da Barrada.
Apresenta no topo um possível báculo com 30cm de
diâmetro.
Pode
considerar-se o mais impressionante menir isolado da
Península Ibérica e também um dos mais notáveis da
Europa.
É
conhecido na região por “Penedo Comprido”. |
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Cromeleque do Xerez |
Este
cromeleque foi descoberto por José Cruz e Leonel Franco
e identificado por José Pires Gonçalves em 1969.
É constituído por 50 menires de granito, com uma forma
claramente fálica, mas encontrando-se a maioria
parcialmente fraturados.
A maior parte destes menires encontravam-se prostrados
“in situ”, o que tornou possível a eventual reconstrução
da forma original.
No centro deste quadrado encontra-se um menir de 4m de
altura, com 0,75cm de diâmetro e pesando 7 toneladas.
Nota:
este cromeleque foi o único monumento transferido para
outro local em toda a região de influência da construção
da barragem de Alqueva. |
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Antas do Olival da Pega |
Estas
antas datam de 3500 a 3000 a.C. e eram utilizadas como
complexos funerários.
De
acordo com as escavações realizadas estariam sepultadas
aqui cerca de 140 e 118 pessoas, respectivamente, em
cada um dos complexos.
A
monumentalidade destas antas é visivelmente demonstrada
pela quantidade de espólio funerário encontrado durante
o seu estudo. |
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FORTIFICAÇÕES E CONJUNTOS INTRAMUROS DA VILA DE MONSARAZ |
Esta vila surgiu a partir de uma conjuntura de prosperidadem na qual a população aumentava e ultrapassava os próprios limites da zona intramuros. A sua posição estratégica permitia deletar o inimigo com antecedência através da comunicação visual entre o conjunto fortificado e a rede de atalaias envolvente.
O sistema defensivo de MOnsaraz é considerado sob duas tecnologias e épocas distintas:
- Fortificação medieval: o castelo e a cintura de muralhas envolvente, que surgem numa altura em quenão existiam armas de fogo (sécs. XII e XIV). Os panos de alvenaria são verticais e bem altos, construídos em alvenaria de pedra irregular de xisto, com exeção nos cunhais e bases, em aparelho regular de silharia de granito.
- Fortificação seiscentista: construída essencialmente por baluartes do tipoVauban, hipoteticamente atribuída a Nicolau de Langres e coroada a norte por uma obra avançada. Os progressos de artilharia obrigaram os engenheiros militares à substituição das altas muralhas dos castelos por obras de defesa menos aparentes e vulneráveis. Os panos de muralha são de uma espessura bastante superior, em alvenaria de xisto um pouco mais aparelhado. A aterragem da plataforma era feita através de compactação do solo. |
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Portas da Vila |
Esta é
a porta mais característica de Monsaraz. A sua parte
interior encontra-se insculpida com duas marcas-padrão
destinadas ao mercado do pano.
É o acesso principal da Vila e a sua robusta estrutura
defensiva está protegida por dois torreões
semicilíndricos. O de poente, encimado pelo campanil do
relógio (provavelmente construído no tempo de D. Pedro
II), tem um teto nervurado e no cimo da cúpula um sino
fundido pelos artistas estrangeiros Diogo de Abalde e
Domingos de Iastra, com inscrição de 1962.
A encimar o fecho gótico do arco da porta encontramos
uma lápide comemorativa da consagração do reino à
Imaculada Conceição, por D. João IV em 1646. |
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Porta d'Évora |
Se
percorrermos a vertente norte de Monsaraz partindo do
sul para o norte, encontramos primeiro a porta de Évora
por onde penetrava na Vila a estrada romana que vinha de
Moura.
O arco
ogival em granito é flanqueado a sul por um cubelo
defensivo. |
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Porta d'Alcoba |
Para sul, a
muralha rompe-se na porta de cantaria de granito ogival,
chamada hoje de Alcoba, sendo no séc. XVII denominada
por “Porta Dalcoba”. |
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Porta do Buraco |
Para
sudoeste encontramos o Postigo ou Porta do Buraco.
Protegia a
cisterna pública da Vila e por isso os engenheiros
franceses que delinearam as fortificações modernas
ordenaram o seu entaipamento para proteger o precioso
líquido.
Parece ser
a porta mais antiga da muralha. |
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Igreja de Nossa Senhora da Lagoa |
A
igreja matriz foi construída no séc. XVI para substituir
a igreja gótica original que foi destruída por se
encontrar contaminada pela peste.
Tem
uma fachada simples com um painel de azulejos
representando Nossa Senhora da Conceição, ladeado por
duas fortes torres quadrangulares.
O
interior da igreja encontra-se decorado com oito capelas
laterais salientando-se a arca tumular de Gomes Martins
Silvestre – em mármore, apresenta na face principal um
cortejo fúnebre esculpido onde desfilam 17 figuras. |
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Antigos Paços da Audiência e Fresco do Bom e Mau Juiz |
Edificado em meados do séc. XIV, durante os reinados de
D. Dinis e D. Afonso IV, este edifício serviu para
albergar os atos públicos da Vila de Monsaraz que até aí
decorriam no adro da igreja matriz de Santa Maria do
Castelo. Por volta dos sécs. XV/ XVI o edifício foi
adaptado a cadeia, com a construção de um segundo piso,
tendo sido parcialmente destruído aquando do terramoto
de 1755.
Em
1958, durante obras de manutenção, foi descoberto o
fresco “O Bom e o Mau Juiz”, datado do séc. XV, que
representa uma clara alegoria à justiça e à corrupção,
tendo sido mandado pintar pelo Duque de Bragança, o que
explica a presença das suas armas. |
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Capela de S. José |
Capela
Barroca, situada no segundo piso com acesso através de
escadaria estreita e íngreme sem corrimão, para poder
servir de capela da antiga prisão que lhe fica
fronteira. Foi fundada em 1708 por Domingos Lourenço
Perdigão. |
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Cisterna |
A
cisterna da vila (sécs. XIV-XV), de enormes proporções,
era o maior reservatório de água localizado intramuros
na vila de Monsaraz e o grande abastecedor da população
da Vila. Segundo tradição local, a cisterna foi
precedida de uma mesquita muçulmana – o arco gótico que
limita o imóvel a oeste dava passagem ao coletor geral
das águas. |
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A Casa da Inquisição |
De acordo
com a tradição, este edifício era um local de tortura,
onde os inquisidores julgavam os seus prisioneiros.
Contudo, a falta de provas documentais leva-nos a crer
que provavelmente funcionava como um arquivo de
processos ou uma prisão temporária antes de os
prisioneiros serem enviados para Évora.
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Castelo |
O
Castelo de Monsaraz é um monumento nacional, construído
nos finais do séc. XIII, onde se reconhecem uma torre de
menagem e quatro torres quadradas mais pequenas.
A
parte central do castelo é uma arena e a torre de
menagem está dividida em três andares, tendo sido o
andar inferior utilizado como prisão, o andar do meio
como Câmara Nobre da alcaidaria e o andar superior como
arrecadação palaciana.
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Igreja de Santiago |
De
acordo com os documentos conhecidos, esta igreja existia
no séc. XIII. Durante o séc. XIV era benesse da Ordem de
Santiago da Espada, tendo sido mais tarde integrada no
padroado real e transitado para a Ordem de Cristo.
A
primitiva igreja da Idade Média ficou seriamente
danificada com o terramoto de 1755, tendo sido a sua
estrutura reforçada alguns anos mais tarde. Na década de
80 sofreu um restauro patrocinado pela Câmara Municipal
de Reguengos de Monsaraz, que a transformou num espaço
cultural para debates, conferências e exposições. |
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Convento da Orada |
O
convento começou a ser construído em 1700, mas devido às
suas enormes dimensões só foi terminado em 1741.
Este
lugar está ligado a D. Nuno Álvares Pereira que, de
acordo com as tradições locais, rezou aqui antes de
várias batalhas contra Castela.
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Capela Votiva de S. João Baptista (Cuba) |
A
Capela encontra-se envolvida e aterrada pela construção
do baluarte de S. João pertencente à fortificação
seiscentista.
Os
primeiros registos desta construção remontam ao séc. XIV,
embora alguns historiadores a classifiquem como uma cuba
muçulmana dos sécs. XI/XII, uma vez que as suas
características, comuns a muitas construções alentejanas
deste período, sugerem uma influência da cultura
islâmica. |
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Ermida de Santa Catarina |
Esta
ermida, nas imediações de Monsaraz, foi construída no
séc. XIII muito provavelmente por cavaleiros da Ordem do
Templo, em virtude dos símbolos encontrados e do estilo
arquitectónico. Provavelmente servia de protecção aos
viajantes que passavam pelas imediações de Monsaraz. |
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Igreja da Misericórdia |
Exemplo da arquitectura religiosa barroca, no interior
desta capela podemos encontrar uma imagem do Senhor
Jesus dos Passos, escultura provavelmente seiscentista,
oferecida pelo Duque de Bragança, D. Teodósio II.
A
Santa Casa da Misericórdia possui nas dependências
anexas deste edifício um importante núcleo documental. |
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Ermida de S. Bento |
Capela
rural construída nos finais do séc. XVI e princípios do
séc. XVII com a contribuição de vários moradores do
Arrabalde da Vila. Após o terramoto de 1755 ficou
seriamente danificada. |
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